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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O evangelho dos jumentos

Uns, fizeram de seu ofício a ostentação da cauda dos pavões. Outros, foram feitos para alçar o vôo dos gaviões. Alguns, encontraram suas vitórias nas brigas de leões e gostam de ganhar todas elas. Um grupo em extinção, salta de galho em galho junto aos mico-dourados. E uma minoria, (principalmente nestes tempos) nasceu para ser jumento.

Deve ser "tão melhor" brilhar, ser conhecido, adorado, ovacionado, aplaudido... deve ser bom o reconhecimento do meu talento. Mas, por que então, justamente ao jumento, Deus confiou Seu Filho, Jesus?

Por que Jesus não alçou vôo como o Superman, ou interagiu como os super-gêmeos, ou levantou sua espada de "thundera"? Por que essa insistência divina, em querer ser aquilo que eu não gosto de ser? por que a salvação entrou em cima de um jumento, tirando de mim toda a possibilidade de ser proprietário dos bens terrenos?

Aonde Deus queria chegar quando inventou o jumento? Que Evangelho é esse, meu Deus? O que Deus queria me ensinar, quando, ao invés de colocar Jesus em um Toyota, colocou-O em cima de um produto híbrido, resultante do cruzamento de um asno com uma égua?

Em um mundo de consumo, de roupas caras, do prazer de ser "Apple-maníaco", um jumento vem nos ensinar que a Graça de Deus nos basta. E que Deus faz a salvação acontecer sobre aquilo que eu sou e não sobre o que tenho e posso.

O jumento veio ao mundo para confundir a Apple, a Microsoft, O Barak, O Lula, O Serra, A Dilma, a Vivo, o BB, o Smartphone, o McDonalds, a Coca-cola, a Phillipe Morris, os leigos católicos, os cristão que pedem dízimo prometendo carros luxuosos e gordas mesadas.

Intelectuais católicos tem aversão aos jumentos, pois alegam que eles são radicais e falam uma língua que ninguém entende.

Freud foi bom, mas o jumento foi melhor. O CD que você gravou, ganhou "oscar" mas, o relinchar do jumento, chamou mais a atenção divina. E, enquanto a galera abastada fica doida para ter um cantinho no programa do Amaury ou no programa do Jô, os jumentos perdem o espaço e nem conseguem direito mais evangelizar.

O Evangelho dos jumentos existe e foi o próprio bichinho quem escreveu quando aceitou carregar a Salvação. Os jumentos podem ensinar muito para mim. Ele me confunde também, quando eu assino cheque, faço compras no cartão, gasto meu dinheiro com tudo que eu gosto e não ajudo minha paróquia ou a uma obra de evangelização.

Os jumentos falam mais alto, quando meu dinheiro não consegue salvar a vida de um ente querido, ou quando quero reconstruir minha amizade com meu pai. Sou rico, mas não o suficiente para carregar no pescoço a Salvação eterna.

Peço a Deus que os jumentos se levantem rapidamente. Que o Evangelho dos jumentos seja mais pregado, sem medo, com ousadia profética e sem o temor de vincular meu nome ao Nome de Jesus. Que gritem então, os jumentos!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Tailândia: Mais de 2.000 fetos são encontrados em templo budista


Em Banguecoque, Tailândia, a polícia descobriu mais de 2.000 fetos dentro de sacos plásticos, frutos de aborto, no mosteiro budista de Phai Ngern, depois que moradores reclamaram do mau cheiro proveniente de um dos edifícios do templo.
Segundo informa a polícia, havia fetos armazenados há mais de um ano. No local foram detidos vários suspeitos, entre eles uma mulher, Lanjakorn Jantamanas, de 33 anos, presa em flagrante no momento em que ia depositar outros fetos na sala mortuária do templo. Lanjakorn confessou que há cinco anos depositava fetos naquele mosteiro e em outros dois locais.
A essas monstruosidades leva o aborto!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ministério de Música Magnificat: Tudo Passa...

Ministério de Música Magnificat: Tudo Passa...

Tudo Passa...

   Certo dia um sacerdote percebeu a seguinte frase em um pergaminho pendurada aos pés da cama de seu mestre: "ISSO TAMBÉM PASSA", e com a curiosidade inerente de cada ser humano resolveu perguntar:

-Mestre, o que significa essa frase em cima de sua cama dizendo "ISSO TAMBÉM PASSA"?

    E o mestre sem titubear lhe responde:

-A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não tão boas assim, mas tudo significa aprendizado. Recebi esta mensagem de um anjo protetor num desses momentos de dor onde quase perdi a fé. Ela é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que, quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "ISSO TAMBÉM PASSA", e para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois "ISSO TAMBÉM PASSA".
    Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias, praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações, ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado.
    É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso ainda sofre, é saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão. Deste modo, meu amigo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "ISSO TAMBÉM PASSA".

Feliz 2011
Texto extraído do site www.cancaonova.com 


sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Espiritualidade no Ministério de Música

O músico de Deus precisa se preparar antes de seguir em missão. A oração é um combate que travamos consigo mesmo e contra as forças do mal, é através dela que o Senhor nos dará a direção que devemos seguir. A falta de oração é igual à decadência espiritual, crise e morte no ministério e, por isso deve ser a primeira tarefa do músico cristão. Somente pela oração, sacramentos, adoração e leitura da palavra o músico se sentirá em comunhão com Deus. Nesta comunhão vai perceber que não fará nada sozinho, pois tudo será por graça, força e iniciativa de Deus.

O papel do coordenador é muito importante quanto à espiritualidade do grupo, pois é ele quem deve procurar momentos e meios dinâmicos para rezarem juntos. Se o líder deseja que o ministério seja ungido na missão, então precisa saber que o endereço da unção está na vida de oração.
Não queremos ser apenas profissionais da música, mas homens e mulheres que vivem uma experiência pessoal com Deus e partilham esta mesma experiência com as pessoas que encontramos na nossa caminhada. Pessoas que chegam até nós porque acreditam que as levaremos para mais perto de Deus através da nossa canção, mas, o que se pode esperar de um ministério que toca maravilhosamente bem, mas não procura uma harmonia com o “Maestro e Autor” da música que vem do céu?
Antes de músicos, Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade, pessoas fortes, não na inteligência ou no “braço”, mas no coração aberto e no joelho dobrado no chão, e desta forma estaremos atentos e sensíveis à voz do seu Espírito, pois é Ele quem rege a nossa missão e canção.
Que Maria, nossa mãe e mestra, nos ensine a ter um coração sempre disponível à vontade de seu filho Jesus e que possamos aprender com ela a colocar vida e verdade na nossa música. Ela cantou o canto mais lindo que se possa encontrar nas sagradas escrituras e nos ensina a caminhar com Jesus sempre de perto, mesmo que venha a cruz.
Conduza seu ministério pela vida de oração, é o caminho mais seguro e sabemos que as graças derramadas são para todos, principalmente para os musicistas, pois estes são ao mesmo tempo, alvos e canais da graça.

Jocélio de Castro
Membro Consagrado da Obra de Maria

A Riqueza da igreja Católica

Muito se fala sobre a riqueza da Igreja, o ouro do Vaticano, entre outros. A Igreja, incumbida por Jesus de levar a salvação a todos os homens, precisa de um "corpo material", sem o qual não pode cumprir sua missão. O Vaticano possui cerca de 180 núncios apostólicos espalhados pelo mundo. No último Concílio, o do Vaticano II, Papa João XXIII reuniu cerca de 2.600 bispos de todas as nações, no Vaticano, durante 3 anos... Que chefe de Estado faz isso?
Em 1870, na guerra de unificação da Itália, a Igreja perdeu seu território pontifício de 40 mil quilômetros quadrados; ficando apenas com o pequeno espaço de hoje: 0,44 km², em 1929, pelo Tratado do Latrão. Os objetos contidos no Museu do Vaticano foram doados aos Santos Padres por cristãos e pertencem ao patrimônio da humanidade. De acordo com esse tratado [de Latrão], a Igreja não pode vender ou doar qualquer bem que esteja no Museu Vaticano. Não há motivo, portanto, para se falar, maldosamente, da "riqueza do Vaticano".
Qualquer chefe de Estado, de qualquer pequeno país, tem à sua disposição, no mínimo, um avião. Nem isso, o Papa tem. Além disso, o Vaticano tem um órgão encarregado da caridade do Sumo Pontífice, o Cor Unum. No final de cada ano, é publicada no jornal do Vaticano, o L'Osservatore Romano, a longa lista de doações que o Papa faz a todas as nações do mundo, inclusive o Brasil, especialmente para vencer as flagelações da seca, fome, terremotos, entre outros. São doações que o Santo Padre faz com o chamado "óbulo de São Pedro", arrecadado dos fiéis católicos do mundo todo. A Igreja Católica, nestes dois mil anos, sempre fez e fomentou a caridade. Muitos hospitais, sanatórios, leprosários, asilos, albergues, etc., são e foram mantidos pela Igreja em todo o mundo. Quantos santos e santas, freiras e sacerdotes, leigos e leigas, passaram sua vida fazendo caridade... Basta lembrar aqui alguns nomes: São Vicente de Paulo, Dom Bosco, São Camilo de Lellis, Madre Teresa de Calcutá... a lista é enorme!
Hoje, 25% de todas as entidades que assistem os aidéticos são da Igreja. Nenhuma instituição fez e faz tanta caridade como a Igreja. Ela é muito rica, sim, espiritualmente. Na verdade, ela é rica desde sua origem, porque seu Criador é o próprio Deus; é d'Ele que vem toda a riqueza dela. Ela é o próprio Corpo de Cristo (cf. I Cor 12,27). Ela é rica também porque é a Igreja dos santos, dos mártires, dos profetas, dos apóstolos, das virgens e viúvas santas, dos padres, dos pontífices, dos confessores, e de uma multidão de fiéis que, no silêncio da fé, oferecem suas vidas a Deus. Essa é a verdadeira riqueza da Igreja.

Felipe Aquino
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

Tudo tem seu tempo - Abusca dessa sabedoria é tarefa de todos

Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu (cf. Eclesiastes 3, 1). Nesta máxima da sabedoria em Israel, fundamento da cultura grega presente no mundo judaico, bem localizado no horizonte cristão, vê-se o quão oportuna é a figura de um ancião que tem o intuito de instruir os jovens.
Há uma sabedoria que não pode ser esquecida sob pena de perder o verdadeiro sabor das coisas e dos sentidos adequados para a existência, provocando os desvarios absurdos que têm configurado a sociedade contemporânea. Concretizados em violência, corrupção, imoralidade, indiferença com a dor dos outros, perversidade; e ainda no entendimento da vida como disputa, na surdez para o grito dos pobres. Estes desvarios acontecem pela falta de sabedoria que pode estar ausente ou ser cultivada nas estratégias da governança moderna, nas especializações das ciências deste tempo, ou mesmo na aprendizagem dos processos formativos.
Essa sabedoria capacita corações e inteligências para o discernimento adequado, de modo que as escolhas configurem condutas à altura da dignidade humana em todos os níveis e na direção de cada pessoa, respeitada a sua singularidade.
A busca dessa sabedoria é tarefa de todos. Não se pode delegá-la, seja na família, nas instituições, nos variados contextos - ou eximir-se dessa missão. Os fluxos que configuram a cultura ocidental estão comprometidos. Impedem, lamentavelmente, por atos e escolhas, o cultivo permanente dessa sabedoria para equilibrar a vida e vivê-la dignamente desde a fecundação até a morte com o declínio natural. A vida de todos está o tempo todo por um fio. É resultado da falta de sabedoria de que tudo tem seu tempo - discernimento que modula a inteligência livrando-a dos desatinos da irracionalidade e preservando o sentido de limite, sem comprometer a liberdade e a autonomia.
No livro do Eclesiastes, capítulo terceiro, o ancião se empenha na tarefa de instruir os jovens. Insiste na compreensão que não pode ser substituída nem pela ciência e nem por estratégias.
Vale retomar sempre as indicações do sábio ancião: "Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de destruir e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar, tempo de abraçar e tempo de afastar-se dos abraços, tempo de procurar e tempo de perder, tempo de guardar e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar, tempo de amor e tempo de ódio, tempo de guerra e tempo de paz". Está indicado que a vida não pode ser vivida e conduzida sem essa sabedoria. Trata-se de um caminho longo na vivência do amor, na prática da justiça, na assimilação de valores, no exercitar-se no gosto de ser bom e de encantar-se com o outro.
As instituições todas, sobretudo a família, têm tarefas fundamentais nesse processo para tecer uma cultura ancorada na sabedoria. Se esse caminho não for percorrido, com urgência e perseverança, os desvarios da violência, das disputas, das agressões e da perda de sentido continuarão desfigurando instituições, culturas, modos de viver. Assim as vítimas, e também agentes, desse processo, serão especialmente os mais jovens.
Diante da atual realidade torna-se premente modular os corações e as culturas no horizonte dos valores que se revelam na pessoa de Jesus Cristo. A propósito de que tudo tem seu tempo, vivenciamos o momento propício para refletir sobre o verdadeiro sentido do Natal. É preciso sabedoria para não se curvar diante de enfeites, de Papai Noel e de outros símbolos comerciais que parecem ofuscar Jesus Cristo, o Dom maior de Deus Pai para a salvação da humanidade.
É tempo de cultivar símbolos como o presépio, antiga tradição educativa que modelou corações no bem, cuja intuição sábia de São Francisco de Assis nos deixou como herança. É tempo de reavivar o coração na fé e nos valores que só o encontro com Cristo pode garantir.
Resgatando a inspiração de Francisco de Assis, a Arquidiocese de Belo Horizonte convida todos a reacenderem a chama do amor de Deus, fonte inesgotável da sabedoria que sustenta a vida.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte