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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Espiritualidade no Ministério de Música

O músico de Deus precisa se preparar antes de seguir em missão. A oração é um combate que travamos consigo mesmo e contra as forças do mal, é através dela que o Senhor nos dará a direção que devemos seguir. A falta de oração é igual à decadência espiritual, crise e morte no ministério e, por isso deve ser a primeira tarefa do músico cristão. Somente pela oração, sacramentos, adoração e leitura da palavra o músico se sentirá em comunhão com Deus. Nesta comunhão vai perceber que não fará nada sozinho, pois tudo será por graça, força e iniciativa de Deus.

O papel do coordenador é muito importante quanto à espiritualidade do grupo, pois é ele quem deve procurar momentos e meios dinâmicos para rezarem juntos. Se o líder deseja que o ministério seja ungido na missão, então precisa saber que o endereço da unção está na vida de oração.
Não queremos ser apenas profissionais da música, mas homens e mulheres que vivem uma experiência pessoal com Deus e partilham esta mesma experiência com as pessoas que encontramos na nossa caminhada. Pessoas que chegam até nós porque acreditam que as levaremos para mais perto de Deus através da nossa canção, mas, o que se pode esperar de um ministério que toca maravilhosamente bem, mas não procura uma harmonia com o “Maestro e Autor” da música que vem do céu?
Antes de músicos, Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade, pessoas fortes, não na inteligência ou no “braço”, mas no coração aberto e no joelho dobrado no chão, e desta forma estaremos atentos e sensíveis à voz do seu Espírito, pois é Ele quem rege a nossa missão e canção.
Que Maria, nossa mãe e mestra, nos ensine a ter um coração sempre disponível à vontade de seu filho Jesus e que possamos aprender com ela a colocar vida e verdade na nossa música. Ela cantou o canto mais lindo que se possa encontrar nas sagradas escrituras e nos ensina a caminhar com Jesus sempre de perto, mesmo que venha a cruz.
Conduza seu ministério pela vida de oração, é o caminho mais seguro e sabemos que as graças derramadas são para todos, principalmente para os musicistas, pois estes são ao mesmo tempo, alvos e canais da graça.

Jocélio de Castro
Membro Consagrado da Obra de Maria

A Riqueza da igreja Católica

Muito se fala sobre a riqueza da Igreja, o ouro do Vaticano, entre outros. A Igreja, incumbida por Jesus de levar a salvação a todos os homens, precisa de um "corpo material", sem o qual não pode cumprir sua missão. O Vaticano possui cerca de 180 núncios apostólicos espalhados pelo mundo. No último Concílio, o do Vaticano II, Papa João XXIII reuniu cerca de 2.600 bispos de todas as nações, no Vaticano, durante 3 anos... Que chefe de Estado faz isso?
Em 1870, na guerra de unificação da Itália, a Igreja perdeu seu território pontifício de 40 mil quilômetros quadrados; ficando apenas com o pequeno espaço de hoje: 0,44 km², em 1929, pelo Tratado do Latrão. Os objetos contidos no Museu do Vaticano foram doados aos Santos Padres por cristãos e pertencem ao patrimônio da humanidade. De acordo com esse tratado [de Latrão], a Igreja não pode vender ou doar qualquer bem que esteja no Museu Vaticano. Não há motivo, portanto, para se falar, maldosamente, da "riqueza do Vaticano".
Qualquer chefe de Estado, de qualquer pequeno país, tem à sua disposição, no mínimo, um avião. Nem isso, o Papa tem. Além disso, o Vaticano tem um órgão encarregado da caridade do Sumo Pontífice, o Cor Unum. No final de cada ano, é publicada no jornal do Vaticano, o L'Osservatore Romano, a longa lista de doações que o Papa faz a todas as nações do mundo, inclusive o Brasil, especialmente para vencer as flagelações da seca, fome, terremotos, entre outros. São doações que o Santo Padre faz com o chamado "óbulo de São Pedro", arrecadado dos fiéis católicos do mundo todo. A Igreja Católica, nestes dois mil anos, sempre fez e fomentou a caridade. Muitos hospitais, sanatórios, leprosários, asilos, albergues, etc., são e foram mantidos pela Igreja em todo o mundo. Quantos santos e santas, freiras e sacerdotes, leigos e leigas, passaram sua vida fazendo caridade... Basta lembrar aqui alguns nomes: São Vicente de Paulo, Dom Bosco, São Camilo de Lellis, Madre Teresa de Calcutá... a lista é enorme!
Hoje, 25% de todas as entidades que assistem os aidéticos são da Igreja. Nenhuma instituição fez e faz tanta caridade como a Igreja. Ela é muito rica, sim, espiritualmente. Na verdade, ela é rica desde sua origem, porque seu Criador é o próprio Deus; é d'Ele que vem toda a riqueza dela. Ela é o próprio Corpo de Cristo (cf. I Cor 12,27). Ela é rica também porque é a Igreja dos santos, dos mártires, dos profetas, dos apóstolos, das virgens e viúvas santas, dos padres, dos pontífices, dos confessores, e de uma multidão de fiéis que, no silêncio da fé, oferecem suas vidas a Deus. Essa é a verdadeira riqueza da Igreja.

Felipe Aquino
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

Tudo tem seu tempo - Abusca dessa sabedoria é tarefa de todos

Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu (cf. Eclesiastes 3, 1). Nesta máxima da sabedoria em Israel, fundamento da cultura grega presente no mundo judaico, bem localizado no horizonte cristão, vê-se o quão oportuna é a figura de um ancião que tem o intuito de instruir os jovens.
Há uma sabedoria que não pode ser esquecida sob pena de perder o verdadeiro sabor das coisas e dos sentidos adequados para a existência, provocando os desvarios absurdos que têm configurado a sociedade contemporânea. Concretizados em violência, corrupção, imoralidade, indiferença com a dor dos outros, perversidade; e ainda no entendimento da vida como disputa, na surdez para o grito dos pobres. Estes desvarios acontecem pela falta de sabedoria que pode estar ausente ou ser cultivada nas estratégias da governança moderna, nas especializações das ciências deste tempo, ou mesmo na aprendizagem dos processos formativos.
Essa sabedoria capacita corações e inteligências para o discernimento adequado, de modo que as escolhas configurem condutas à altura da dignidade humana em todos os níveis e na direção de cada pessoa, respeitada a sua singularidade.
A busca dessa sabedoria é tarefa de todos. Não se pode delegá-la, seja na família, nas instituições, nos variados contextos - ou eximir-se dessa missão. Os fluxos que configuram a cultura ocidental estão comprometidos. Impedem, lamentavelmente, por atos e escolhas, o cultivo permanente dessa sabedoria para equilibrar a vida e vivê-la dignamente desde a fecundação até a morte com o declínio natural. A vida de todos está o tempo todo por um fio. É resultado da falta de sabedoria de que tudo tem seu tempo - discernimento que modula a inteligência livrando-a dos desatinos da irracionalidade e preservando o sentido de limite, sem comprometer a liberdade e a autonomia.
No livro do Eclesiastes, capítulo terceiro, o ancião se empenha na tarefa de instruir os jovens. Insiste na compreensão que não pode ser substituída nem pela ciência e nem por estratégias.
Vale retomar sempre as indicações do sábio ancião: "Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de destruir e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar, tempo de abraçar e tempo de afastar-se dos abraços, tempo de procurar e tempo de perder, tempo de guardar e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar, tempo de amor e tempo de ódio, tempo de guerra e tempo de paz". Está indicado que a vida não pode ser vivida e conduzida sem essa sabedoria. Trata-se de um caminho longo na vivência do amor, na prática da justiça, na assimilação de valores, no exercitar-se no gosto de ser bom e de encantar-se com o outro.
As instituições todas, sobretudo a família, têm tarefas fundamentais nesse processo para tecer uma cultura ancorada na sabedoria. Se esse caminho não for percorrido, com urgência e perseverança, os desvarios da violência, das disputas, das agressões e da perda de sentido continuarão desfigurando instituições, culturas, modos de viver. Assim as vítimas, e também agentes, desse processo, serão especialmente os mais jovens.
Diante da atual realidade torna-se premente modular os corações e as culturas no horizonte dos valores que se revelam na pessoa de Jesus Cristo. A propósito de que tudo tem seu tempo, vivenciamos o momento propício para refletir sobre o verdadeiro sentido do Natal. É preciso sabedoria para não se curvar diante de enfeites, de Papai Noel e de outros símbolos comerciais que parecem ofuscar Jesus Cristo, o Dom maior de Deus Pai para a salvação da humanidade.
É tempo de cultivar símbolos como o presépio, antiga tradição educativa que modelou corações no bem, cuja intuição sábia de São Francisco de Assis nos deixou como herança. É tempo de reavivar o coração na fé e nos valores que só o encontro com Cristo pode garantir.
Resgatando a inspiração de Francisco de Assis, a Arquidiocese de Belo Horizonte convida todos a reacenderem a chama do amor de Deus, fonte inesgotável da sabedoria que sustenta a vida.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Casais em segunda união

São muitos os casais hoje em segunda união; pessoas que foram casadas uma primeira vez na Igreja, se separaram e se uniram a outra pessoa apenas no civil. A orientação mais clara que a Igreja nos oferece sobre a situação dos casais de segunda união está na Exortação Apostólica "Familiaris Consortio" (Sobre a Família) do Papa João Paulo II, escrita após o Sínodo da Família, realizado em 1980; e também no Catecismo da Igreja Católica (CIC § 1652).
Antes de tudo a Igreja deseja e espera que, uma vez separados, os casais possam um dia se reconciliar. A Instituição criada por Cristo lembra que a separação física não extingue o vínculo matrimonial, por isso, os separados não podem se unir em nova união, a menos que o primeiro casamento tenha sido declarado nulo pelo competente Tribunal Eclesiástico do Matrimônio. Após um processo canônico o referido Tribunal pode chegar à conclusão de que determinado matrimônio foi inválido, de acordo com as normas do Código de Direito Canônico (cânones 1055 a 1124). Há cerca de 20 casos que podem levar o Tribunal a declarar a nulidade de um matrimônio, são falhas no consentimento matrimonial, impedimentos dirimentes ou falta de forma canônica.
A Igreja lembra que a pessoa que se separou – se não teve culpa na separação – pode continuar a receber os sacramentos da Confissão e da Eucaristia, caso se mantenha numa vida de castidade. Sobre os divorciados que contraíram nova união, o Papa João Paulo II afirmou, baseando-se nas conclusões do Sínodo da Família:
"A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio" ("Familiaris Consortio", 84).
Os casais de segunda união poderão receber os Sacramentos no caso de viverem como irmãos, sem vida sexual, como explica o saudoso Pontífice:
"A reconciliação pelo sacramento da penitência - que abriria o caminho ao sacramento eucarístico - pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimônio. Isso tem como consequência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios - quais, por exemplo, a educação dos filhos - não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos atos próprios dos cônjuges»" (idem).
E o mesmo Papa diz que não se pode fazer qualquer tipo de celebração em uma segunda união:
"Igualmente o respeito devido quer ao sacramento do matrimônio quer aos próprios cônjuges e aos seus familiares, quer ainda à comunidade dos fiéis proíbe os pastores, por qualquer motivo ou pretexto mesmo pastoral, de fazer em favor dos divorciados que contraem uma nova união cerimônias de qualquer gênero. Estas dariam a impressão de celebração de novas núpcias sacramentais válidas, e consequentemente induziriam em erro sobre a indissolubilidade do matrimônio contraído validamente" (idem).
O Catecismo da Igreja Católica lembra que os casais em segunda união não devem se afastar da Igreja nem devem ser discriminados; no entanto, não devem exercer certas atividades eclesiais. (CIC § 1652); portanto, devem servir no anonimato, sem se exporem, para que não sejam criticados.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A espiritualidade do ministro de Música

O músico precisa ter cuidado para não se preocupar somente com a música ou com a técnica musical; deve buscar um equilíbrio em sua caminhada, deixando que o Espírito Santo conduza sua vida ao deserto, para a provação e libertação e, em seguida, o mesmo Espírito o conduza para o meio do povo, a fim de libertar e curar por intermédio da música.

Muitos músicos ainda não foram "aprovados" no deserto, estão sendo reprovados diante das provações e tentações; não se entregaram à graça do Espírito Santo para vencer o pecado. No entanto, se preocupam em estar no meio do povo, mas sem consciência de que sua presença não tem autoridade diante do demônio e, muito menos, sua música pode libertar alguém. Muitos músicos precisam ser libertos para depois sair e ajudar as pessoas a se libertarem.

Como ajudar alguém a sair do adultério se nós não conseguimos sair dele? Como ajudar alguém a se libertar dos vícios se ainda não vencemos essa tentação em nossas vidas? Como falar em roubo, masturbação, mentira, irresponsabilidade se no deserto nos entregamos a tudo isso? O músico precisa ter equilíbrio e estar aberto para as libertações que Deus precisa fazer nele.

Muitos querem tocar para Deus todo o tempo que puderem, porém, não entendem que a verdadeira música do céu não pode ser tocada sem o Espírito os conduzir ao deserto. É no deserto que Ele os liberta dos males e dos pecados, lhes dá a vitória sobre o inimigo e, em seguida, os conduz a fazer um "barulho de Deus" nos corações das pessoas.

Nos grupos de oração, o músico pode até tentar exorcizar com seu canto, mas o que faz a diferença é se ele já foi aprovado no deserto. Caso não, as pessoas vão embora no mesmo estado em que entraram no grupo.


Trecho do livro: "O Músico e a Arte de Servir a Deus"

domingo, 28 de novembro de 2010

Calúnia protestante

Calúnia protestante nº 009: 
Igreja não salva ninguém. Só Jesus salva.
Nossa Resposta: 
Eu lhe explico:
Quem salva é Jesus, mas Ele nos salva e nos leva à Sua Igreja. Pois fora dela morremos por falta de alimento e remédio.
Na Parábola do Bom Samaritano (que é o próprio Jesus), Ele salva o homem caído(todos nós), e o leva à Hospedaria(Igreja). Entrega ao hospedeiro (Pedro = o Papa) duas moedas (Antiga e a Nova Aliança). E vai embora (volta ao Céu). Mas voltará no fim dos tempos.
Feridos como ficamos, fora da Hospedaria(Igreja) não sobreviveremos até sua volta! Portanto, fora da hospedaria você morre.
- SÓ NA IGREJA TEMOS A CURA(Confissão) e o ALIMENTO(Eucaristia)!
- Por isso: Fora da Igreja não há salvação.
"Se alguém se pôde salvar, dos que figuram fora da arca de Noé, também se salvará o que estiver fora da Igreja" (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja cap. 4)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Música Católica ou evangélica???

Uma vez que o canto e a música estão estreitamente ligados à ação litúrgica, devem respeitar os seguintes critérios: a conformidade com a doutrina católica dos textos, tirados de preferência da Escritura e das fontes litúrgicas; a beleza expressiva da oração; a qualidade da música; a participação da assembléia, a riqueza cultural do povo de Deus; e o caráter sagrado e solene da celebração." (Catecismo da Igreja católica 1156-1158 / 1191).


A amizade que tenho com alguns "crentes" não me intimida em falar que não toco música evangélica em ambientes católicos. Por quê? Porque contamina? Nada disso. Mas descaracteriza e desorienta os católicos.

A música evangélica tem sua origem. A música espírita também têm. A música do mundo tem "sua progenitora". A música católica também têm. E esta, nasce do altar do Senhor.

Nossa música origina-se daquilo que Jesus disse a dois mil e poucos anos. Ela têm uma Tradição. Ela não nasce de efeitos de chás ou de mantras. Ela é originalmente de Jesus. Nós damos a Ele todo o crédito.

Nossa música é autenticamente do Senhor na Eucaristia, do Senhor Ressuscitado, do Senhor da Semana Santa, do Senhor Filho de Maria e Senhor da Igreja. Nossa música tem preocupações Litúrgicas. Estas são riquezas da música católica. Nossa música deve nascer de um Deus Vivo e vivido. De um Deus que se fez Carne e Sangue. De um Deus que foi gerado num Ventre humano e têm a mesma substância do Pai. Nossa música é nascida no Deus que é Trino, Santo, Santificador... Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus. Fugir disto é querer enriquecer à custa dos outros.
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"Quanto chorei com teus hinos e teus cânticos, fortemente comovido com as vozes da tua Igreja que docemente cantava! Penetravam aquelas vozes meus ouvidos e tua verdade se derretia em meu coração,com o que se incendiava o afeto de minha piedade, e corriam minhas lágrimas... e quanto bem me fazia!" (Confissões de Santo Agostinho, IX 6,14)
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E não há porque "puxar o saco" (desculpe o termo embaraçoso) dos evangélicos ou dos de outras denominações. Se tivermos que ser algo, devemos ser amigos e irmãos, e não bajuladores. As brigas começam quando o ministro de música católico não descobre seu verdadeiro Tesouro. Fica "buscando" noutros pomares. Cada música têm sua riqueza e enriquece a muitos.

Eu não me acho apto a julgar música evangélica nem tão pouco outras músicas religiosas. Eu vim de um tempo onde a música católica era bem escassa. Portanto, muito de minha espiritualidade tinha que vir das canções evangélicas de adoração. Conheço alguns bons compositores que não cometem aberrações doutrinais em suas criações. 

Mas o fato é que, Deus suscitou na Igreja católica excelentes composições que são verdadeiros manjares para nós. Não há porque buscar fora o que têm dentro. Alias, opinião pessoal: nem gravar música evangélica eu deveria. Por quê gravá-las? Qual a intenção? Adular? Bajular? Querer que os evangélicos fiquem tão felizes que se tornam católicos?

Eu seleciono canções evangélicas. Confesso que quase nem toco essas músicas. Escuto uma ou outra. E não por desprezo mas, por discordâncias teológicas e doutrinais. Só isso. Quer dizer que odeio "crente"? Não. Quer dizer que eu discordo dele. E vivo muito bem com ele. Mas sem cortejar servilmente, sem gabar por interesses, sem "louvaminhassão".
Eu não entendo o por quê das brigas entre os irmãos. Mas eu entendo minhas diferenças com eles. E nunca tive problema com evangélicos e nem eles comigo (eu acho). Desde que estamos no mundo para "anunciar", "bóra", vamos em frente (Como diz a menina da Rádio Beatitudes).

Gospel Católico???

"Toda a terra tinha uma só língua, e servia-se das mesmas palavras. Alguns homens, partindo para o oriente, encontraram na terra de Senaar uma planície onde se estabeleceram. E disseram uns aos outros: “Vamos, façamos tijolos e cozamo-los no fogo.” Serviram-se de tijolos em vez de pedras, e de betume em lugar de argamassa.

Depois disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra.”
Mas o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que construíram os filhos dos homens. “Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só língua: se começam assim, nada futuramente os impedirá de executarem todos os seus empreendimentos. Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.” Foi dali que o Senhor os dispersou daquele lugar pela face de toda a terra, e cessaram a construção da cidade. Por isso deram-lhe o nome de Babel, porque ali o Senhor confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra, e dali os dispersou sobre a face de toda a terra.". (Gn. 11,9).

Estamos em uma era de bobagens, devaneios e sincretismo. Católicos já não falam mais a "mesma língua" devido as múltiplas teorias religiosas e humanas. Jesus já não o centro de tudo. Há um esvaziamento da mensagem do Evangelho e da missão de Jesus a partir de teorias ou doutrinas evangélicas.

Alguns, afirmam que Jesus não é o filho de Deus mas, um ser superior, especial mas, nunca O Salvador... Outros, dizem que Jesus veio à terra para uma missão sublime, mas não fundou nem Igreja e nem religião. Alguns outros, vêem em Jesus um ser que "voltou" de várias vidas e evoluiu. E outros tantos enxergam Jesus como alguém normal, sem divindade nem salvação, só humano demais.

Teorias como estas invadiram os grupos de oração e os ministérios, especialmente o ministério de música. A facilidade que a música nos proporciona de uma sadia relação com outros grupos religiosos, muitas vezes influencia nossa mentalidade. E, como não somos firmes na doutrina católica, acabamos por impulso juvenil, aderindo a a outros tipos de linguagem ou religião.

A música proporciona uma certa "facilidade" de comunicação entre as mais diversas religiões. E isso é bom. Quem sabe, através das boas canções, não formamos um povo de Deus que louva e bendiga acima de qualquer divisão. Eu acredito em tudo que O Espírito pode fazer. Só não acredito nas frustradas tentativas de alguns músicos católicos em "unir" a música e as formas de expressão de nossa Igreja às de outras denominações religiosas sem uma real ação Espírito Santo.

Certas terminologias não devem ser utilizadas pelos ministérios de música católica. E isso tem explicação uma racional. Oras, aquilo que para nós, católicos, tem expressão como "mariologia" ou "Santidade de vida", para algumas denominações religiosas ou tem outro significado ou significado algum. Assim como, algumas expressões e conceitos nascidos em Igrejas não-católicas, para nós pode trazer um esvaziamento de nossa fé.

Nos anos 90, mais propriamente em 1993, houve uma explosão da música católica. Apareceram várias bandas e ministérios. E com esta ascensão da música católica, também houve um ardente desejo emdefinir o tipo de música que executávamos. Foi aí que cometemos nosso primeiro erro: chamamos nossa música de "GOSPEL CATÓLICO". Sim. Essa expressão não nasceu nos dias atuais. Alguns músicos católicos, como eu, queriam se definir, se encontrar, trazer um sentido para suas composições então, usamos este nome para nos "autodefinir".

Contudo, com o passar dos tempos, o próprio Espírito nos conduziu a outra definição: Música católica. E entendemos porque: na verdade, o termo que usávamos era uma forma de rejeitar o tradicional e buscar uma inovação.

Para qual surpresa nossa, quando fomos estudar sobre a origem desta palavra tomamamos um susto.

Tentei ao máximo extrair uma origem definida para esta palavra. É difícil pois, as várias expressões da música evangélica a tratam como uma simples definição do estilo ou da categoria de suas músicas. Muitos nem sabem ao certo o que realmente essa expressão significa. Tratam-na simplesmente como "evangelho" ou similar. Porém, conversando com algumas pessoas de outras doutrinas, algumas explicações foram dadas.

Não existe um consenso sobre as explicações abaixo. E aqui abro o post para contribuições que possam ajudar no discernimento.

A origem da palavra Gospel.

Explicação 1.

A palavra "Gospel" não existe. Existe a fusão de duas palavras "God" e "spell" que quer dizer "música de Deus que envolve, como mágica, como um encanto", ou God-spell que, na definição de algumas doutrinas quer dizer "boa nova".

Explicação 2. (A explicação histórica oferecida por alguns evangélicos que não concordam com esta terminologia).

"Um tipo de música/composição criada para expressar uma crença INDIVIDUAL (e é aqui que mora o perigo) ou de uma comunidade religiosa nascente que queria romper com o tradicional".

Utiliza-se deste tipo de música não só em cerimônias religiosas ou cultos mas, de forma estética (markenting) como um produto para mercado comercial. Alguns famosos artistas traziam consigo influências Gospel como Elvis Presley, Ella Fitzgerald, Ray Charles e tantos outros.

Thomas A. Dorsey (1899-1993), compositor de sucesso tipo There Will Be Peace in the Valley, é considerado por muitos, O Pai da Música Gospel. No início de sua carreira ele era um importante pianista de Blues, conhecido aliás por Georgia Tom. Ele começou a escrever Gospel depois que ouviu Charles A. Tindley (1851-1933) numa convenção de músicos na Filadélfia, e depois, abandonando as letras mais agressivas de outras canções, não abandonou, contudo, o ritmo de Jazz tão parecido com o de Tindley. A Igreja inicialmente não gostou do estilo de Dorsey e não achou apropriado para o santuário, na época. Em 1994, após o seu falecimento, a revista Norte-americana, Score, publicou um artigo com o título: The Father of Gospel Music (em português, "O Pai da Música Gospel").

Portanto, segundo pesquisa, a origem desta terminologia indica uma música que pretendia "afastar-se" da Igreja para que pudessem atingir a um público menos ligado à Palavra de Deus. Sendo "Gospel", ficaria mais fácil ter sua música veiculada em rádio, tv, eventos não religiosos, festas de peão, shows seculares enfim.

Bem, se você me perguntasse se devo ou não usar esta terminologia em eventos de meu ministério, eu responderia: "eu já fiz isso também". Usei deste subterfúgio para "firmar" meu ministério em uma errada tentativa de me colocar no cenário musical comercial. Posso afirmar, sem medo de errara, que foi o próprio Espírito do Senhor que arrancou esta mentalidade de mim. Havia o risco eminente de desvio doutrinário. Portanto, eu não recomendo que se misture as coisas. Gostar e tocar músicas evangélicas ou de outras denominações não traz problema nenhum aos ouvidos desde que, não seja uma aberração doutrinária e teológica que afete ou desoriente o povo sobre Sã Doutrina Católica.

O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos. Oséias 4.





quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mensagem do Papa

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
AOS PRELADOS DA CONFERÊNCIA NACIONAL
DOS BISPOS DO BRASIL (REGIONAL NORDESTE V)
EM VISITA «AD LIMINA APOSTOLORUM»
Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010


Amados Irmãos no Episcopado,


«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.
Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. Gaudium et spes, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural(cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem,82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. Gaudium et spes 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17 de setembro de 2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.
Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dependência tecnológica - quando o computador se torna mais importante...

Aceitamos plenamente que a realidade em nosso tempo é o uso cada vez mais frequente, e nas mais diferentes culturas, das tecnologias como forma de comunicação, informação, formação e entretenimento; embora seja um grande desafio gerenciar a quantidade do tempo que passamos diariamente frente a estas máquinas. Muito do nosso trabalho está ligado a equipamentos e softwares que facilitam nossa vida, mas diminuem o contato e o relacionamento humano.
Quando falamos em crianças em plena fase de desenvolvimento, podemos pensar no seguinte: quanto tempo elas ficam on-line, jogando? Qual a frequência de tempo frente ao computador? Já parou para analisar estas questões de família? O tempo é apenas uma forma de “medir” se estamos ou não dependentes, mas há outros fatores a serem considerados.
Há alguns indicadores para saber o quanto uma criança (e até mesmo um jovem) está com dificuldade de trocar o computador [por outra atividade] ou até mesmo tem um comportamento de dependência [ao equipamento], são:
- Quando o jogo ou o uso de mídias sociais como MSN, Orkut etc., torna-se a atividade mais importante da vida da criança, dominando seus pensamentos e comportamentos.
- Modificação de humor/euforia: experiência subjetiva de prazer, euforia ou mesmo alívio da ansiedade quando está no ato de jogar.
- Necessidade de usar o computador por períodos cada vez maiores para atingir a mesma modificação de humor, ou seja, para “sentir-se bem”.
- Fase de Abstinência: estados emocionais e físicos desconfortáveis quando ocorre descontinuação ou redução súbita do uso do computador (intencional ou forçada).
- Vivência de conflitos: pode ser entre aquele que usa o computador excessivamente e as pessoas próximas (conflito interpessoal), conflito com outras atividades (trabalho, escola, vida social, prática de esportes etc.) ou mesmo do indivíduo com ele mesmo, relacionado ao fato de estar jogando excessivamente (conflito intrapsíquico).
Não podemos negar as maravilhas oferecidas pela tecnologia, a facilidade de acesso, a disponibilidade de informações e a realidade que se encontra com este tipo de acesso e relacionamento, porém, cada vez mais frequente se torna a realidade das famílias dividas pela individualidade gerada no uso de tecnologia. Enquanto um fala ao telefone no quarto fechado, o outro está ligado no computador horas sem falar com ninguém, e a outra prende-se à TV, sem parar.
Quantas vezes as crianças, além do uso em casa, deixam de comprar lanche para jogar nas lan houses? São capazes de passar dias inteiros, finais de semana longe do relacionamento interpessoal. O uso do computador e seus jogos, que era reservado apenas como lazer, torna-se praticamente a atividade principal delas. O sono é prejudicado, a alimentação também, pois as crianças comem em frente ao computador sem ao menos saber quanto e o que, gerando obesidade. O isolamento continua e a irritação, por não usar o computador ou imaginar que vão ficar sem ele, se torna imensa, com um grande desconforto emocional.
Como família, é muito importante que possamos voltar nossa atenção para este assunto para que possamos desenvolver crianças e jovens com uma vida mais saudável, favorecendo as relações humanas mais sadias.

Amar também é dizer NÃO

Amar não é e nunca será tarefa fácil, exige de nós empenho e decisão. O amor sincero comporta o sofrimento e a doação em favor do outro. Pelo bem do outro, inúmeras vezes, enfrentamos dificuldades que nos causam dor e pesar.
Existem situações nas quais temos de desagradar a quem amamos em virtude de seu próprio bem. Tais decisões são difíceis e doem mais em nós do que naqueles que são objetos de nossa repreensão. Porém, é importante salientar que corresponder sempre e irrefletidamente aos desejos de quem se ama pode se tornar algo negativo, que tende a deformar e não formar. Dentro dessa perspectiva, afirmo que: “Dizer ‘não’ também é uma forma de amar”.
Limites são necessários para qualquer ser humano, pois, por meio deles, alcançamos equilíbrio e maturidade. Pais que não impõem limites aos filhos acabam criando pequenos reis e rainhas e, conseqüentemente, tornando-se seus súditos.
Somente quem já recebeu um “não” na vida consegue compreender a especificidade da palavra humildade. Somente aqueles que não foram correspondidos no que queriam, em algum momento de sua história, sabem compreender que sua vontade não é absoluta e que nem sempre estão certos.
É no “não” e no “sim”, no equilíbrio das possibilidades, que se forma uma pessoa, é assim que o orgulho se ausenta e o ser humano consegue entender que os outros também são bons.
Nem tudo o que queremos é o melhor para nós, porém, nem sempre conseguimos enxergar assim. É aí que descobrimos quem nos ama, pois os que sinceramente se interessam por nós não têm medo de nos dizer a verdade e de nos corrigir quando necessário.
Não é fácil corrigir e dizer 'não'; seria mais fácil e conveniente dizer sempre 'sim' e estar sempre sorrindo, pois quem diz 'não' se expõe e, muitas vezes, atrai sobre si a ira do outro. Quem corrige, mesmo querendo o bem do outro, corre o risco de ser mal interpretado, contudo, demonstra um grande amor e cuidado com o outro.
Só quem nos ama nos diz 'não'. Só quem se interessa por nós tem a sensibilidade de cuidar de nós, através da poda.
Precisamos ter sensibilidade para detectar e aceitar o amor que se manifesta em uma multiplicidade de formas e que nos encontra também naquilo que tanto nos desagrada.
Se enxergarmos assim, sentiremo-nos mais amados e cuidados, evitaremos muitas contrariedades, além de descobrirmos belezas antes não contempladas. Faça essa experiência!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mensagem do Papa aos Jovens da Ásia

Ser “testemunhas do amor cristão, da esperança, da alegria e da paz na Índia e no mundo”: esse o desejo de Bento XVI na mensagem enviada aos jovens católicos indianos, por ocasião do VIII Encontro Nacional da juventude indiana, que se concluiu no último domingo, em Shillong, no Estado de Meghalaya, depois de sete dias de trabalho. As palavras do Papa foram lidas pelo Núncio apostólico na Índia, Dom Salvatore Pennacchio durante a celebração da Missa de encerramento do encontro.


O evento foi organizado pela Conferência Episcopal Indiana sobre o tema "Viver o mundo, libertar o mundo”. O Papa recordou aos jovens que eles devem renovar suas vidas lendo, refletindo e vivendo a Palavra de Deus, para assim levar mudanças à toda a humanidade. “Prestem atenção no pedido de Deus – escreve ainda Bento XVI na sua mensagem - e descubram a alegria e a beleza do chamado de Deus em cada um de vocês”.


Segundo a agência de notícias AsiaNews, mais de mil jovens de todo o país, junto com cerca de 3 mil delegados de 152 dioceses participaram do evento final, na presença de bispos, sacerdotes, e religiosas e dos pais. Durante a semana de encontro realizou-se uma série de reuniões e depoimentos espirituais, divididos em três áreas principais: erradicar a pobreza, rejuvenescer o meio ambiente e construir uma cultura de paz.


O ministro-chefe do Estado indiano de Meghalaya, Mukul Sangma saudando os jovens disse que eles podem contribuir de modo substancial para o bem da nação, porque são catalisadores do desenvolvimento social no mundo moderno. Ele também os encorajou a terem fibra moral, para apoiar o bem comum na sociedade e na Igreja. O Encontro Nacional dos jovens indianos realiza-se a cada 3 anos, e foi a primeira vez que um Estado do Nordeste da Índia hospedou um evento como esse.

Caracteristicas da espiritualidade de Maria

A caracteristica da espiritualidade de maria é a sua Absoluta e total adesão a Palavra de Deus.
Ao anjo Gabriel que lhe anunciava o chamado de Deus, Maria aceita decidamente e diz:
"Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segunda a Tua Palavra"(Lc 1, 38). 
Firme e radical deve ser também a nossa fé em Deus.
Nossa atitude, generosa e lógica é de acolher o chamado de Deus, com alegria e gratidão,
e vive-la com total adesão, assim como fez a Virgem Maria.
A espiritualidade de Maria consiste na total intimidade com Jesus.
Intimidade biologica por ser mãe, dando-lhe uma vida física; intimidade afetiva porque Jesus foi seu supremo e absoluto amor desde a anunciação até o calvário;
Intimidade Apostólica, porque unida a obra salvadora de Cristo, intercede ainda por toda a humanidade .
Estas caracteristicas da intimidade de Maria com Jesus, sejam também as caracterisiticas fundamentais da nossa vida, que se realiza de modo único naEucaristia:
"Eu sou o pão da vida... Eu sou o pão descido do céu!"
O próprio Cristo quer que esta misteriosa e sublime intimidade com Ele se realize através da Eucaristia.
Outra caracteristica espiritual de Maria é a sua Consagração.
tendo-se doada totalmente a Deus e a Cristo, consagrou-se também aos apóstolos e aos discipulos, as pessoas necessitadas.
Que a exemplo de Maria possamos, também nós, viver esta intimidade com Cristo.

Com carinho, 

Frei Rinaldo, osm

domingo, 3 de outubro de 2010

Conduza com carisma

Sabe como deve se conduzir um grupo de oração? Com amor! Com prazer! E claro, com discernimento.

Como disse acima, todo músico precisa de formação, por isso busque. Uma dica aqui é você fazer a EPA (Escola Paulo Apóstolo). Vai ajudá-lo muito.

Então, vamos aos exemplos:

Suponha que está para começar a animação e as pessoas estão dispersas (e geralmente no fundo da igreja).

Nunca dê broncas ou chame a atenção do povo (lembre-se que somos irmãos). Chame com alegria, procure cativar. Se for o caso, já comece a tocar uma música que fale de paz e fraternidade. Assim, eles terão o tempo suficiente para conversar algumas coisinhas e já vão entrando no clima do louvor.

Outra dica super interessante é você pedir para os irmãos virem para frente e darem as mãos, pois será feito um momento de oração. O segredo aqui é o seguinte: fazer uma oração breve e pedir para eles soltarem as mãos. Desta forma você conseguiu trazer todos para os bancos da frente.

Nada de forçar ninguém. Sempre convide com carinho.



Tenha discernimento: Toda a condução do grupo deve ser de acordo com o RHEMA. (Rhema é a direção que o Senhor colocou para o grupo de oração - é o caminho que devemos seguir).

O ministro de música deve estar em sintonia com o tema da pregação e com todos que estão no grupo, em especial o pregador.

Tenha discernimento na forma de conduzir: não seja uma pessoa cansativa, que só fala, fala e fala.... ou reza, reza e reza...

É importante cantar SIM, mas também não fique só cantando... é preciso mesclar de tudo um pouco.

Imagine as pessoas que vêm no grupo e não tem vida de oração intensa. Elas vão se sentir cansadas. E pense no seguinte: você gostaria de ir em um grupo de oração e se sentir cansado? Claro que não, né? Por isso, seja dinâmico, tenha discernimento. Perceba se em algum momento você está sendo repetitivo ou monótono. As pessoas querem se sentir bem, lembre-se disso.

Cante, converse com elas. Mexa com as pessoas. Reze com elas. Não fique só você rezando e, muito menos, deixe-as rezando sozinhas.



Quando pedir para os irmãos levantar as mãos por exemplo, lembre-se que deve pedir para abaixá-las depois. Não esqueça o irmão com os braços levantados e doendo.

Da mesma forma se pedir para fecharem os olhos, lembre-se de pedir para abrir os olhos novamente.

Parece coisa boba, mas não é. Pense nas pessoas, tenha cuidado com elas. Imagine que poderia ser você ali com os olhos fechados do começo ao fim do grupo.



Outra situação: Muito cuidado ao pedir para os irmãos ficarem de mãos dadas. Por quê? Porque você pode provocar o ciúme de uma esposa ou esposo.

De repente, uma jovem que está carente pode se apegar a um jovem, e aí já viu... imagina se esse jovem tiver namorada... Aí complica mais ainda.

Ciúmes à parte, tem outro fator: e se estiver aquele calor e pessoa (assim como eu) tiver problema de suar as mãos? Será com certeza uma situação desagradável... (assim como já fiquei muitas vezes).

Mais uma coisa: quando pedir para os irmãos ajoelharem durante o grupo lembre-se que muitos não podem ficar ajoelhados por muito tempo.

Sempre avise que aqueles que não puderem ajoelhar, podem se sentar ou ficar em pé.

Homens e mulheres juntos: Evite montar duplas de oração, onde homens podem ficar com mulheres. Procure deixar mulher-com-mulher e homem-com-homem. Assim, evitamos qualquer situação embaraçosa.

O necessário para um Ministro de Música

Bom, todo ministro de música que quer ter unção em seu ministério precisa de vida de oração, ou seja, intimidade com Jesus, participação fiel na Santa Missa, ler a Palavra diariamente e se possível, fazer um diário espiritual, que com certeza vai ajudar muito no conhecimento bíblico e enriquecer muito no seu conteúdo durante a ministração do grupo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Músico, deixe-se conhecer por Deus...

Parece meio estranho uma afirmação como esta: deixe-se conhecer por DEUS. Como se DEUS, que sabe de tudo, de todas as coisas do ontem, do hoje e do amanhã não te conhecesse.

Então ELE Não sabe da nossa vida? Claro que SIM. Mas DEUS preza demais a nossa LIBERDADE. DEUS jamais fere a liberdade que ele mesmo nos DEU. Seu amor é tão completo que quando nos ama, nos deixa escolher o caminho a ser seguido. É você quem escolhe o caminho a ser trilhado em sua vida. Suas escolhas dependem de VOCÊ. É ELE Quem dá o talento, por exemplo, mas é VOCÊ quem decide o que fazer com ele. DEUS Só interfere quando você deixa.

Então DEUS nos deixará SOFRER? É incrível, mas tenho que afirmar que SIM, se esta for a sua escolha. Para que DEUS nos conheça a fundo, penetre no mais íntimo do nosso ser, precisamos dizer SIM, SENHOR, PENETRE O MAIS PROFUNDO DA MINHA VIDA.

Ah, irmã(o), DEUS fica de olho pronto para nos conhecer, sua criatura. Não um conhecer humano, mas o conhecimento da autoridade de ser curado. O que é isso: o conhecer de DEUS é diferente do nosso, no caso é como se você disesse CATEGORICAMENTE para DEUS que você O DEIXA te tocar, te curar, te sarar.

O que isso tem haver com o MÚSICO? Muitas, muitas coisas... Até pelos nossos sentimentos de artistas que se afloram na nossas Artes musicais estamos muitos abertos a ações demônicas que são próprias de emoções Afloradas. Vou tentar explicar melhor: nossa sensibilidade é maior por sermos artistas e temos emoções que trabalhamos em nossas canções. Nós as vivenciamos em Nosso dia-a-dia. Muitas vezes não conseguimos equilibrá-las. É impossível você ver um poeta que trabalhas as emoções através das palavras que não tenha estas emoções fortes em Sua vida, nós também temos estas emoções que trabalhamos em nossas canções, portanto as vivenciamos em nossas vidas também.

DEUS precisa ser o Senhor de nossas emoções, ter o inteiro controle para que o inimigo, que conhece bem os músicos, não faça proveito para destruir nossa missão de construir o reino de DEUS aqui na terra por causa de nossas fraquezas.

Para que DEUS controle, você precisa se deixar CONHECER pelo Senhor. Não tenha medo! Confie no Senhor e ele tudo fará em sua vida e no seu MINISTÉRIO.



Vosso servo,

Cosme (cosme@codimuc.com.br)

www.codimuc.com.br/cosme - Rio de Janeiro-RJ

Deixar Deus no comando


Deus é Bom, muito bom e nos dá liberdade. Somos livres para optar pela direção que queremos tomar. Como nosso criador, ELE tem todo o direito de nos comandar, mas nos deixa seguir os rumos que quisermos.

Como pecadores, invariavelmente trilhamos caminhos nada agradáveis ao SENHOR de todas as coisas. E como músicos, deixamos nosso talento ditar o ritmo de nossos corações sentimentais e frágeis. Para entendermos, é como se nosso coração fosse como uma folha ao sabor do mar. Mar calmo, folha tranqüila. Mar revolto, folha bagunçada. A maré nos leva segundo à direção do vento. Com isso, raramente seguimos o BOM caminho que DEUS prepara, porque o vento pode nos levar para os recifes e invariavelmente o navio que bate nestes recifes tem o casco quebrado.

Nosso talento é regido pelas emoções e, por isso, precisa de controle, de comando para não nos deixarmos levar pelas emoções de nosso dia-a-dia. É bem mais fácil deixarmos com DEUS as direções e o comando de nossas vidas.

Tá bom... Eu sei que é difícil e também não sou um modelo de auto controle de DEUS em minha vida, mas tenho lutado muito para deixar DEUS ser o SENHOR das minhas decisões e, graças a DEUS, ele tem me ajudado muito. Tenho controlado melhor meu talento e minhas emoções com a mão poderosa do SENHOR escrevendo as linhas. Não fico sozinho em minha luta, ELE tem me ajudado.
Se você quer ser um GRANDE músico, deixe DEUS cuidar de suas emoções. Vai ser BOM para você e muito, muito bom para a sua música. Deixe DEUS ser o COMANDANTE. Queira ser soldado, obedeça, serás bem mais FELIZ!


Vosso servo,
Cosme (cosme@codimuc.com.br)
www.codimuc.com.br/cosme - Rio de Janeiro-RJ


Missa não é Show!!!

“O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1157).

Não pretendo fazer aqui um tratado de liturgia, apenas darei algumas dicas sobre a postura do ministério de música em animações litúrgicas, especialmente nas Celebrações Eucarísticas.

Na Santa Missa, o presidente é o sacerdote; portanto, antes de toda e qualquer celebração, converse com o padre e exponha o que o ministério preparou em unidade com a equipe de liturgia.

Sei de toda a complexidade e até das diferentes interpretações sobre a liturgia que alguns padres dão; em todo o caso, vale a máxima: “Quem obedece não peca”. Portanto, consulte-o e obedeça-lhe.

Se você tiver conhecimento o bastante sobre o assunto e abertura com o sacerdote, poderá defender sua opinião; o diálogo nos faz crescer. Mas converse em outro momento, não poucos minutos antes do início da celebração.

Na Celebração Eucarística, a música deve contribuir para o engrandecimento e a profundidade dos momentos litúrgicos; por isso, cada canção precisa se encaixar com o momento certo e acompanhar os tempos litúrgicos.

Santa Missa não é show! Não chame a atenção do povo para si ou para seu grupo musical. Na Eucaristia, Jesus é o centro. Não desvie a atenção das pessoas com “caras e bocas” durante a interpretação de uma música, nem na execução de um solo instrumental. Tampouco converse durante a Celebração Eucarística, escolha antecipadamente as músicas e seus respectivos tons. Se houver extrema necessidade de algum diálogo, faça-o da forma mais discreta possível. Nada mais desagradável do que um ministério se entreolhando com ar desesperado, de: “Qual a próxima música?” ou “Qual o tom?”.

Não use, durante a Missa, roupas com cores fortes ou estampadas, a não ser que você seja convocado de surpresa e não tenha condições de se trocar. Também não use, de jeito nenhum, roupas sem mangas, decotadas, transparentes ou bermudas durante a Celebração Eucarística.

Escolha os cânticos de acordo com as leituras e o tempo litúrgico. Não se pode cantar os “hits”, a não ser que se encaixem com o tema da celebração.

Peça aos músicos que toquem de forma harmônica e com um volume que favoreça a oração. Já vi muitas vezes sacerdotes e até bispos serem “martirizados” pelo alto volume dos instrumentos, inclusive da bateria, montados a menos de um metro de seus ouvidos, em palcos pequenos.

Não use a harmonia mais complicada que você sabe tocar. Nas celebrações, precisamos ajudar o povo a rezar as canções. Acordes muito dissonantes não são os mais indicados nessas ocasiões. Cuidado para não fazer das Missas uma “válvula de escape” para seu desejo de tocar no “Free Jazz Festival” ou no barzinho mais “out” de sua cidade.

Ensaie com os fiéis antes da Missa. Ensine-lhes os cânticos novos e motive-os a rezar com eles.

Algumas fórmulas da Santa Missa, como o “Cordeiro de Deus”, não podem ser modificadas. Estude liturgia! Em liturgia não dá para improvisar.

Não queira ser um ministro de música “garçom”, que apenas serve aos outros o banquete. Participe ativamente de cada momento da Celebração, sente-se à mesa. Você também é um “feliz convidado para a Ceia do Senhor”.

Se você é animador de música na liturgia, não multiplique as palavras. Não queira fazer uma homilia a cada música, nem queira roubar o papel do comentarista.



Luiz Carvalho - luizcarvalho@recado.org.br

Fundador da Comunidade Recado - www.recado.org.br